terça-feira, 26 de janeiro de 2010

São Paulo


Ainda nem é dia e a cidade já caminha. Metrôs e trens saem das estações carregando multidões, na lentidão do trânsito, são poucos que notam o nascer do sol por entre os prédios... Entre sons de motores e buzinas tem sempre um grito de silêncio e de socorro de um mendigo, inaudível, imperceptível na correria de um povo que só olha pro relógio e pra agenda de seu dia...


Na padaria a parada pra um cafezinho e a manteiga num pãozinho, mas sem muita conversa, pois à hora não espera e cada um segue seu rumo!

Embaixo de um prédio de luxo o humilde pedreiro se senta na calçada para comer sua marmita abafada, o executivo por ele passa conversando com seu sócio sobre negócios para almoçar em restaurante com suas roupas elegantes...

Na Liberdade chega o japonês, que ganha dinheiro nos fazendo de freguês; pra todo lado encontro um nordestino, que largou sua família para vir mudar de vida! Engana-se quem pensa que essa Terra é de ninguém, essa terra é de cada um que nasce aqui, que chega por aqui ou que se vai levando no peito uma saudade que não se esvai.

A volta para casa parece ser ainda pior que a ida ao trabalho, o cansaço rosto a rosto e o incomodo constante com o trânsito parado...

E essa garoa insistente, parece mais as lágrimas de um Deus descontente com a corrupção que assola a população!

A noite todo bar tem uma cerveja gelada sobre a mesa, todo mundo bebe e vira criança sem a preocupação do dia a dia na cabeça...

Em cada esquina uma história, em cada avenida uma noticia! Essa é a cidade que nunca pára e que nunca dorme!

Sendo bem ou mal governados seguimos progredindo com o suor do nosso povo unido!
Somos guerreiros, somos brasileiros!
Brenda Nurmi

2 comentários:

  1. Texto patriótico!
    mas é bem assim mesmo, a gente segue com nosso próprio suor, cada um fazendo a sua parte independente de quem esteja na cadeira de estofado vermelho.
    Sao Paulo é tudo, é gente, é gosto, é costume, é vida!
    eh nooois
    uhauhauhauhahu

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  2. ah, q texto bacana.
    Bem contemporâneo.
    Adorei!

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